sábado, 29 de novembro de 2008

FOCO 49: OS CONFLITOS NA NIGÉRIA: A VIOLÊNCIA EXPLODE !


Centenas de pessoas teriam sido mortas na região central da Nigéria após cristãos e muçulmanos terem entrado em confronto por causa do resultado de uma eleição local. Uma organização de caridade muçulmana na cidade de Jos disse ter recolhido mais de 300 corpos e acredita-se que tenha havido vítimas fatais também entre cristãos.
Ainda não existe confirmação oficial sobre os mortos e os números na Nigéria são extremamente incertos, segundo o correspondente da BBC no país, Alex Last.
A polícia decretou um toque de recolher de 24 horas e o Exército está patrulhando as ruas.
Eles têm ordens para atirar para interromper as hostilidades que marcam os piores confrontos na nação africana desde 2004.
Pelo segundo dia consecutivo neste sábado, multidões enfurecidas passaram pela cidade incendiando casas, igrejas e mesquitas.
A Cruz Vermelha nigeriana disse que pelo menos 100 mil pessoas fugiram de suas casas.
Eleição polêmica
O partido governista, o Partido Democrático do Povo, que tem largo apoio cristão, foi declarado vitorioso nas eleições estaduais em Plateau, do qual Jos é a capital.
O resultado foi contestado pela oposição, o Partido Todo Povo da Nigéria, que tem apoio muçulmano.
A violência começou na noite da última quinta-feira, quando grupos de jovens enfurecidos queimaram pneus nas estradas após denúncias de fraudes nas eleições.
De acordo com o imã local, Sheikh Khalid Abubakar, mais de 300 corpos foram levados à mesquita central no sábado.
Os mortos entre a comunidade cristã provavelmente seriam levados ao necrotério da cidade, levantando a possibilidade de que o número de mortos pode ser bem maior.
O porta-voz da polícia Bala Kassim disse que havia "muitos mortos", mas não foi capaz de dizer o número exato.
Apesar do toque de recolher, vários grupos voltaram às ruas novamente assim que as patrulhas policiais terminavam a ronda em certos locais.
Em 2001, mais de mil pessoas morreram em confrontos religiosos na cidade, situada em uma região que separa o norte muçulmano do sul predominantemente cristão.
E em 2004, foi declarado estado de emergência após mais de 200 muçulmanos terem sido mortos na cidade de Yelwa em ataques de militantes cristãos.
Correspondentes dizem que a violência na Nigéria é complexa, mas normalmente é causada por competição por recursos como terra entre aqueles que se consideram nativos e os habitantes mais recentes.
Em Plateau, os cristãos são considerados nativos e os muçulmanos os habitantes mais recentes.

domingo, 23 de novembro de 2008

FOCO 18: ZAPATISTAS, NO MÉXICO ! 25 ANOS DEPOIS !


"É verdade que nestes 25 anos de existência o EZLN foi provando diferentes formas de luta, mas nunca traiu os seus princípios. A ética zapatista lhe outorga a qualidade moral que os seus detratores ainda têm que reconhecer. Por isso, a sua proposta de construir um mundo novo foi reconhecida em todo o mundo”, escreve Carmen Martinez, em artigo publicado no sítio espanhol Kaos, 17-11-2008.
A tradução é do Cepat.
No dia 17 de novembro de 2008, completaram-se os 25 anos do surgimento do
Exército Zapatista de Libertação Nacional (EZLN), nas montanhas do então esquecido Estado de Chiapas, no sudeste do México. Segundo informações que obtivemos através dos numerosos comunicados emitidos pelos zapatistas, assim como pelas entrevistas que diversos personagens fizeram com o Subcomandante, o grupo inicial era composto por seis pessoas de origens urbanas entre as quais se encontrava o próprio Subcomandante.
Os zapatistas apareceram em cena pública no dia 1º de janeiro de 1994 mediante a tomada sincronizada e de surpresa de cinco sedes municipais do Estado de Chiapas, numa ação militar qualificada pelo próprio subcomandante como “um poema”. De imediato, se pode supor que estas ações somente poderiam ter sido realizadas por um grande grupo de pessoas com uma elevada moral e perfeitamente organizadas, treinadas e disciplinadas. Nas fotografias que apareceram nos jornais daqueles primeiros dias, podemos observar os insurgentes e milicianos, mulheres e homens em sua grande maioria indígenas com a pele da cor da terra, que em seu olhar deixavam ver todo o amor pela pátria e a decisão de acabar de uma vez por todas com a marginalização, o desprezo e o esquecimento em que essa pátria os manteve durante mais de 500 anos.
Posteriormente, nos inteiramos de que essa moral, organização e disciplina, era o produto de dez anos de árduo trabalho realizado por esses primeiros seis insurgentes em condições sumamente hostis e na clandestinidade absoluta, e que pouco a pouco foram se somando a eles os habitantes das comunidades indígenas. Em muitas ocasiões o Subcomandante, como porta-voz do EZLN, falou da importância, para um grupo de militantes formado na velha idéia da luta revolucionária, desse contato com o pensamento, a rebeldia e a forma de organização das comunidades indígenas.
Este contato com a cultura e a forma de rebeldia dos povos originários, proporcionou ao EZLN características incomuns entre os grupos revolucionários dos anos 70. É verdade que na Primeira Declaração da Selva Lacandona, emitida naquele 1º de janeiro de 1994, declararam guerra ao Exército federal mexicano e seu chefe máximo e ilegítimo: Carlos Salinas de Gortari e chamaram o povo do México para engrossar as suas filas; também é verdade que de imediato foram sensíveis às vozes desse povo do México que imediatamente entendeu a sua causa e manifestou o seu apoio, mas também expressou a sua recusa à violência como forma de luta.
A partir de então, até agora, o EZLN, sem abandonar as armas (o que é muito compreensível dada a vocação traiçoeira do Estado), apresentou à sociedade civil diversas propostas organizativas para levar adiante uma luta política civil e pacífica que levasse à transformação da estrutura social, isto é, a uma luta anticapitalista. Pois, somente acabando com o capitalismo é possível construir uma sociedade justa e igualitária na qual a riqueza produzida com o nosso trabalho seja igualmente desfrutada por todos.
É verdade que nestes 25 anos de existência o EZLN foi provando diferentes formas de luta, mas nunca traiu os seus princípios (algo sumamente valioso nestes tempos em que em nome do pragmatismo, os políticos são capazes de vender a sua alma ao diabo). A ética zapatista lhe outorga a qualidade moral que os seus detratores ainda têm que reconhecer. Por isso, a sua proposta de construir um mundo novo foi reconhecida em todo o mundo.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

RESPOSTAS DOS DOIS SIMULADOS DE TENSÕES INTERNACIONAIS

E e aí, conseguiu ACERTAR TODAS as Questões dos DOIS SIMULADOS ?
SIM, Você é um VENCEDOR !
NÃO, Revise os temas ainda não entendidos com seu livro e professor.


SIMULADO 01
01) D
02) D
03) E
04) D
05) E
06) C
o7) A
08) C
o9) A
10) B
11) E
12) 01 + 02 + 04 + 16 (23)
13) A
14) D
15) E
16) 01 + 02 + 04 (7)
17) C
18) D
19) 04 + 08 (12)
20)D

SIMULADO 02
1) E
2) V V V V V
3) D
4) D
5) A
6) B
7) C
8) B
9) D
10) A
11) E
12) B
13) E
14) E
15) C
16) C
17) B
18) D
19) C
20) E

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

FOCO 46 : CONFLITO NA REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DO CONGO : A GUERRA CONTINUA !

Conflito no Congo pode estar se 'internacionalizando'
Relatos indicam participação de soldados de Ruanda, Angola e Zimbábue em conflito



Analista de assuntos africanos da BBC News - Apesar da negativa de vários países da região, há fortes indícios de que forças estrangeiras estejam envolvidas nos conflitos no leste da República Democrática do Congo.

Jornalistas no leste da República Democrática do Congo disseram que até um quarto das forças que lutam ao lado do general dissidente, Laurent Nkunda, são ruandesas. Alguns soldados até teriam dito ter recebido seus soldos do Exército ruandês. Outras informações apontam para a presença de soldados angolanos e zimbabuanos na região.

'Guerra Mundial da África'

A possibilidade despertou temores de uma repetição de uma guerra que durou de 1998 a 2003 no Congo, e envolveu oito países da região, tornando-se conhecida como a "Guerra Mundial da África". Na época, forças do governo congolês, apoiadas por soldados de Angola, Zimbábue e Namíbia combateram rebeldes do Congo apoiados por Uganda, Ruanda e Burundi.

As evidências parecem sugerir que a história pode se repetir. A eventual presença de soldados ruandeses nas forças rebeldes tutsis congolesas já vem sendo noticiada há algumas semanas. Ao mesmo tempo, surgiram relatos de moradores da capital regional, Goma, de que entre as forças do governo congolês estão soldados angolanos - são militares que não falam nenhuma das línguas locais e se comunicavam em português. Especialistas dizem, contudo, que estas evidências não são conclusivas, pois alguns soldados congoleses, inclusive um grupo conhecido como Tigres Katangueses, lutaram em Angola durante a guerra civil no país e conversam, com freqüência, em português. Apesar disso, há indícios de que soldados do Zimbábue estejam envolvidos. Um desertor do Exército disse à BBC que integrava a força que permaneceu no Congo depois do fim da última guerra, em 2003. "Alguns soldados zimbabuanos foram deixados no Congo durante a retirada das forças aliadas. Há cerca de 250 soldados que ficaram para trás sem o conhecimento de outros países", afirmou o desertor, que não quis ter sua identidade divulgada.

SADC

O governo angolano nega ter enviado tropas para o Congo, embora afirme que apoiaria o governo caso receba um pedido neste sentido da organização regional SADC (Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral). Ruanda negou reiteradamente ter enviado soldados para o Congo, mas declarações semelhantes foram feitas durante os estágios iniciais da última guerra - e ninguém duvida que tropas estrangeiras tiveram um papel-chave no conflito. Nestas circunstâncias, não é de surpreender que o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, tenha advertido que o conflito pode envolver o resto da região.