domingo, 31 de agosto de 2008

PRÁ INÍCIO DE CONVERSA !

O mapa acima se refere a alguns dos principais fatos do mundo atual: as Tensões Internacionais, e os Problemas Ambientais Mundiais !
Um dos objetivos deste blog, será estudar todos os conflitos da atualidade, procurando atualizá-los, naquilo que é possível !
No mundo existem regiões que vivem em intensos conflitos que são oriundos de vários motivos, como luta por territórios, pela independência, por questões religiosas, recursos minerais entre outros. Em todos os continentes é possível identificar focos de tensão que colocam em risco a paz daqueles que vivem nos locais que estão envolvidos em uma das questões acima.

É verdade que a tensão diminuiu em alguns países.
Desde a posse de Dmitri Medvedev a Rússia e suas vizinhanças estão inquietas;
os tibetanos acalmaram-se ou foram acalmados pelos chineses e o Nepal conquistou um governo democrático afastando o rei Gyanendra enquanto, aqui por perto, Venezuela, Equador e Colômbia ao menos diminuíram a retórica de confronto.
Em outros, a tensão é permanente, como no Iraque, Israel/Palestina, Afeganistão/Paquistão, onde a interferência externa é predominantemente norte-americana.
A ONU mantém 20 missões de paz em 21 países mais o Sahara Ocidental, com tropas pesadas (mais de 9 mil capacetes azuis) no Congo, Libéria, Líbano, Sudão, Costa do Marfim e Haiti.
Na África, afora a província de Darfur no Sudão, as atenções concentram-se no Zimbábue onde o 2º turno das eleições, previsto para 27 deste mês, perdeu sua razão de ser com a retirada de Morgan Tsvangirai do Movimento de Mudança Democrática (MDC) devido à total impossibilidade de um pleito justo.
Robert Mugabe declarou que só Deus o tiraria do poder. O secretário-geral do MDC, Tendai Biti, foi preso por ofender em campanha ao presidente e poderá ser condenado à morte e Tsvangirai para escapar pediu asilo à Holanda. Mugabe, aos 84 anos é hoje uma peça da engrenagem que se apoderou do país e cujo verdadeiro poder é exercido pelo Comando de Operações Conjuntas do partido do governo, liderado pelo veterano da guerra de 1980 Emerson Mnangagwa.
Há outros cinco homens fortes, entre os quais o presidente do Banco Central, Gideon Goni, que mantém o prestígio apesar da inflação de um milhão por cento. Refugiados zimbabuanos invadiram em massa a África do Sul (o presidente Tabo M’beki é a base de sustentação de Mugabe) e de lá estão sendo escorraçados.
A Europa, no top do mundo, não está livre de confusão e é varrida por uma onda de xenofobia. O Parlamento Europeu aprovou lei, a vigorar em 2010, que oficializa a detenção de imigrantes ilegais sem culpa formada por seis meses e permite a detenção e expulsão de menores não acompanhados. Os defensores de estratégias graduais de integração (abdicação de alguns costumes religiosos e culturais) ou assimilação (abandono da cultura nativa) não são ouvidos e a rejeição cresce especialmente contra negros, ciganos e muçulmanos, castigando ainda a simples imigrantes, asilados e refugiados que necessitam acolhimento. Mesmo sendo uma mão-de-obra barata e prolífica num continente de baixa taxa de fecundidade, os não-europeus são acusados de aumentar desemprego e gastos com serviços públicos, além de deteriorar a segurança. Nas Américas, a situação anda confusa na Bolívia, na Argentina e no Brasil. Evo Morales sofreu a quarta derrota consecutiva com 80% dos votantes apoiando o novo estatuto autonômico de Tarija, onde estão as reservas de gás da nação, numa reprodução dos resultados de Bení, Pando e Santa Cruz. Os Departamentos de Cochabamba e Chuquisaca farão plebiscitos em setembro, restando Potosí, La Paz e Oruro ao lado de Evo. Vem ai o Referendo de 10 de agosto, destinado a confirmar ou não no poder o presidente, o vice e os nove prefeitos, em que ele conquistou maioria dos votos, mas não acalmou a oposição. Enquanto isso, Cristina Kirchner esforça-se para demonstrar o erro cometido pelo marido Nestor ao elegê-la presidenta argentina para obter, a seguir, mais oito anos de mandato. A disputa com os ruralistas que se opõem ao aumento de impostos de exportação já consumiu mais da metade dos primeiros seis meses da administração de Cristina e derrubou sua popularidade para 20%, ela perdeu, com o voto contrário de seu vice-presidente (mui amigo).
A desmedida violência do Rio de Janeiro garante o destaque brasileiro na mídia internacional., graças às milícias constituídas por policiais e militares de folga, membros de academias, seguranças particulares: autêntico terceiro poder do qual a sociedade não consegue se livrar.
Ufa, tantos conflitos, tantas áreas no mundo, que posso afirmar que podemos encontrar
CONFLITOS NOS QUATRO CANTOS DO MUNDO !
QUESTÕES QUE NOS PEDEM RESPOSTAS URGENTES :
Pode-se afirmar, que um dos ramos mais fecundos da ciência geográfica é a Geografia Política, termo que muitas pessoas confundem com a Geopolítica.
De uma maneira sintética, pode-se dizer que a primeira tem como um dos objetivos principais a análise da dinâmica dos processos políticos no espaço, enquanto que a segunda relaciona-se mais diretamente com as questões estratégicas e militares.Um dos principais elementos de análise da Geografia Política é a questão dos Focos de Tensão.
Segundo o geógrafo Yves Lacoste, as Zonas ou Focos de Tensão são espaços geográficos em que ocorrem, de forma aguda, conflitos de interesse entre duas ou mais unidades políticas ou entre grupos humanos organizados nacional ou internacionalmente. Por essa definição, nota-se que existem no espaço geográfico mundial uma variedade de conflitos das mais diferentes natureza, do ponto de vista político.
Atualmente, a mídia nacional e internacional têm dado grande ênfase às questões políticas mundiais e, portanto, nos tem apresentado os grandes focos de tensão. Esses focos têm sido bastante explorados no vestibular e, para que se tenha um bom desempenho neste conteúdo, aqui vão algumas dicas. Uma análise de um foco de tensão deve ter como base pelo menos cinco parâmetros fundamentais:
1º) Estudo da posição geográfica da área Trata-se de um dos elementos básicos de análise, pois, muitas vezes a localização estratégica de uma área pode ser um dos elementos-chave do foco. Veja o caso do Oriente Médio, por exemplo. Para a realização e interpretação desse estudo, é indispensável fazer uso da cartografia, através de mapeamento.
2º) Relação do conflito com a Teoria Centro-Periferia Normalmente, um foco está relacionado com uma das partes de maior poder, o centro, representado pelo Estado ou por um grupo humano, e a periferia, que corresponde à parte mais fraca e oprimida.
3º) Análise do foco de tensão Trata-se de uma descrição dos acontecimentos — como, por exemplo, quem está lutando contra quem. O governo colombiano e os guerrilheiros das FARC exemplificam bem essa questão. Outro aspecto importante é a ideologia de quem faz a análise. Todo cuidado é pouco ao se interpretar um determinado foco, pois a mídia, muitas vezes, tende a uma análise em função de sua identidade ideológica. As notícias veiculadas pela CNN (EUA) durante a guerra do golfo e no conflito de Kossovo servem como ilustração desse aspecto.
4º) Forças presentes O foco pode ter uma ou várias causas básicas, diretas e indiretas. Como exemplos temos a influência dos países centrais, a exemplo dos EUA, e a questão étnica e religiosa, que tem determinado vários conflitos da atualidade.
5º) Levantamento de hipóteses sobre o futuro do foco Esta é uma das questões mais complexas da Geografia Política, pois os processos políticos são dinâmicos e incertos. Um estudo mais detalhado dos itens anteriores pode deixá-lo mais seguro para levantar algumas hipóteses do foco em questão.É importante ressaltar que, após o término da Guerra Fria e concomitantemente com o fim do denominado Conflito Leste-Oeste, acreditava-se que o mundo iria entrar em uma época de paz. Entretanto, constata-se que os conflitos apenas mudaram de natureza, sendo que na maioria dos casos eles não têm mais a conotação ideológica (capitalismo x socialismo) do passado, mas a influência das questões separatistas, religiosas e étnicas. O meu objetivo principal é o de fazer uma análise sintética dos principais conflitos.
O independentismo, também chamado por vezes separatismo, é um conjunto de ideologias nacionalistas que têm a ver com a reivindicação dos direitos nacionais por parte de um povo sem Estado face a um Estado expansionário maior. Nas aplicações normais em português, muitas vezes o termo separatismo recebe uma denotação pejorativa.
Há diversas formas de independentismo, que podem aparecer misturados:
de base
política, cívica ou administrativa
de base
étnica ou "racial"
de base
religiosa
de base social
Existem ainda movimentos independentistas de diverso signo político, alguns com base na reivindicação livre exercício de
autodeterminação reconhecido pelas principais instâncias internacionais, outros promovidos de maneira mais ou menos "artificial" com base em interesses econômicos de elites poderosas, como no caso da região Padânia, no norte da (Itália) ou o departamento de Santa Cruz, na Bolívia.
Movimentos independentistas bem sucedidos
O processo de formação da maior parte dos países atuais envolveu o separatismo em suas diversas formas. São exemplo disso os numerosos países surgidos dos processos de
descolonização das potências imperialistas ao longo dos séculos XIX e XX nas Américas, na África e na Ásia. Foi por processo de separação que os Estados Unidos proclamaram sua independência da Grã-Bretanha, e o Texas, do México, antes de se auto-anexar aos Estados Unidos. O mesmo ocorreu com o Brasil, emancipado de Portugal em 1822, e o Uruguai, emancipado do Brasil, em 1825.
No mundo todo, existem movimentos separatistas em numerosos países, de maior ou menor expressão. Por exemplo, na
Europa, apenas a Islândia e Portugal carecem hoje de movimentos soberanistas de maior ou menor incidência, uma vez que todos os outros estados contam com territórios com línguas e consciência nacional próprias. Os movimentos separatistas podem ser armados ou pacíficos, e podem ou não envolver conflitos com os países dos quais se pretende a separação. Alguns casos de separatismo recentemente bem sucedido, por via militar ou mais ou menos violenta, incluem:
A
Namíbia, da África do Sul, em 1990;
A
Croácia, da antiga Iugoslávia, em 1991;
A
Bósnia, da antiga Iugoslávia, em 1992;
A
Eritréia, da Etiópia, em 1993.
Por via pacífica, mediante referendo, atingiram recentemente a independência, países como:
A
Finlândia, da URSS, em 1918
As repúblicas bálticas da ex-União Soviética (Estônia, Letônia e Lituânia, em 1991)
A
Eslovênia, da antiga Iugoslávia, em 1990
A Eslováquia e a República Checa, que formavam a Checoslováquia, em 1993
Timor-Leste, da Indonésia (mediante referendo após uma longa e violenta guerra de resistência, em 2002)
Montenegro, em 2006, emancipado da Sérvia mediante um referendo de autodeterminação.
A independência de
Kosovo, emancipado da Sérvia em 2008, ainda não pode ser tida como bem-sucedida, eis que não foi até o momento reconhecida pela Sérvia, Rússia e outros países. Sua independência também não pode ser tida por pacífica ainda, devido à ameaça constante de guerra, tanto civil, podendo envolver a minoria sérvia do norte do país, como externa, contra a própria Sérvia.

Movimentos independentistas atuais

Outros movimentos separatistas atuais, em maior ou em menor grau, incluem as seguintes cisões:
País Basco, da Espanha e da França
Catalunha, da Espanha
Galiza, da Espanha
Córsega, da França
Bretanha, da França
Curdistão, da Turquia, do Iraque, do Irã, da Armênia e do Azerbaijão
Quebec, do Canadá
Mapuche, do Chile
Caxemira, da Índia, do Paquistão e da China
Taiwan, da China
Tibete, da China
Saara ocidental, de Marrocos
Porto Rico, dos Estados Unidos
Califórnia, dos Estados Unidos
Texas, dos Estados Unidos
Sardenha, da Itália
Padânia, da Itália
Escócia, do Reino Unido
Irlanda do Norte, do Reino Unido
Flandres, da Bélgica
Chechênia, da Rússia
Ossétia do Sul, da Geórgia
Daguestão, da Rússia
Somalilândia, da Somália
Palestina, de Israel
Abecásia, da Geórgia
Tamil, do Sri Lanca
Chipre do Norte, do Chipre
Transnístria, da Moldávia
Republica Del Rio Grande, do México
Nação Camba, da Bolívia
Narathiwat, da Tailândia
Mayotte, da França
Aceh, da Indonésia
Nagorno-Karabakh, da Armênia e Azerbaijão
Sealand, da Grã-Bretanha
Seborga, da Itália
Havaí, dos EUA
República dos Pampas, do Brasil
Na história do Brasil
Durante a história do
Brasil, especialmente no período imperial, surgiram vários movimentos separatistas, pretendendo formar repúblicas separadas, por acharem que o governo imperial não dava muita atenção à região.
Movimentos dignos de nota são a
Cabanagem, no Pará; a Balaiada, no Maranhão e a Sabinada, na Bahia. Houve também a proposta da confederação do Equador, que incluiria os estados de Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará.
O único movimento separatista bem sucedido na história do Brasil foi o que cabou por proclamar a
República Oriental do Uruguai, na Guerra da Cisplatina.

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